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Windows 11 chegou no final do ano passado, e ficou disponível para os usuários que atendam aos requisitos mínimos necessários para rodar a nova versão. Quando lançado o Windows 10, em 2015, dentro da própria Microsoft afirmava-se que seria a última versão do Windows, e assim perdurou por alguns anos. Porém, após quase uma década de estrada e mais de 1,3 bilhão de dispositivos, o Windows 10 finalmente recebeu um substituto. A Microsoft oficialmente lançou o Windows 11, que conta com novidades que prometem aprimorar o uso de computadores, além de torná-los mais seguros. O sistema trouxe mudanças importantes na interface gráfica remodelada, deixando-o mais intuitivo, contudo eliminou recursos que estavam presentes no Windows há décadas, e dificultando a compatibilidade com hardware antigo.
Primeiramente, é necessário avaliar a compatibilidade de seu dispositivo. O Windows 11 exige alguns recursos de hardware que são um pouco mais específicos e podem não fazer parte da ficha técnica de computadores mais antigos ou simples. Para saber se seu computador é compatível com o sistema, existe uma ferramenta de checagem de requisitos oficial da Microsoft, o PC Health Check. Ele poderá dizer se seu computador consegue suportar esta nova versão do Windows. Desde que seu computador seja compatível, você poderá atualizar o sistema operacional sem nenhum custo adicional de licenciamento. Apesar de gratuito, o upgrade para o Windows 11 têm algumas exigências, como os usuários precisam estar online para realizar a ativação da atualização, e o uso do sistema dependerá de uma conta Microsoft válida.
As mudanças significativas no sistema operacional já começam na área de trabalho, que recebeu grandes alterações, quebrando o padrão imposto há mais de 20 anos, que agora conta com o Menu Iniciar centralizado. Mas é possível fazer a barra retornar ao clássico canto esquerdo, mas a nova posição funciona muito bem quando você se acostuma, principalmente em telas no padrão ultra-wide.
Ao abrir o Menu Iniciar, você também notará diferenças onde a interface está mais limpa, deixando mais espaço para aplicativos e arquivos recentes. Além disso, o Windows 11 agora tem uma área dedicada para widgets, e um espaço para notícias; este recurso fica disponível na barra de tarefas, onde pode ser personalizado com ferramentas para ver o tempo, mensagens do Outlook, preços de ações, entre outras funções. A interface, que aparece no canto esquerdo da tela, também inclui um botão de buscas e apresenta notícias com base nos gostos do usuário.
Quando você for abrir qualquer link da seção de widgets, você será redirecionado para o Microsoft Edge, mesmo que o Google Chrome ou outro navegador seja escolhido como padrão. É importante já avisar que se você esperava ter mais liberdade de escolha no sistema operacional para fugir dos serviços da Microsoft, infelizmente isso não acontece no Windows 11. Há também aqueles usuários que gostam de mover a barra de tarefas para a parte superior ou lateral – nesta nova versão do Windows, não é possível fazer isto.
Bloco de Notas, Seu Telefone e Media Player também ganharam roupa nova, uma cara mais moderna, e terão visual mais limpo e organizado para substituir seus antecessores, tudo isto com design mais atraente, assim como todo o Windows 11, principalmente para aqueles que se cansaram do Windows 10. Sem contar que agora será possível personalizar mais a timeline, onde o aplicativo de Configurações, cada vez mais completo, dará a possibilidade de deixar do seu jeito. Tudo isto associado a uma multitarefa mais robusta, simplificando o envio de programas para diferentes dispositivos com a ajuda do Smart Layouts.
Com um sistema mais estável, o Windows 11 conseguiu corrigir erros e bugs em tempo recorde, e continuam atentos ao que os usuários reclamam ou comentam sobre seus pacotes de atualização. Os aplicativos padrão foram renovados: a maioria dos apps integrados foram renovados, como um novo Bloco de Notas e um Administrador de Tarefas mais moderno. Olhando essas mudanças iniciais, dá pra perceber que a principal característica do Windows 11 é aproximar usuários da experiência de uso de smartphones, diminuindo o abismo que sempre separou os sistemas para celular e computador. Assim, o Windows absorve melhor pessoas que tiveram o primeiro contato com tecnologia no celular, diferente de outras gerações, que migrou do computador para o smartphone.
E no novo painel de controle que se vê um dos principais problemas do Windows 11, porque mesmo se esforçando para se parecer com o celular, algumas funções não estão ali, e acaba indo para o painel de controle antigo que ele ainda não recebeu as mudanças gráficas da nova interface, tanto que a função “Programas”, para desinstalar ou reparar um aplicativo, ainda tem um CD representando.
Apesar da nova cara, e das novas integrações e melhorias em acessibilidade, o Windows 11 está encontrando dificuldade em ser usado, tendo em vista que ele exige processadores mais fortes, sem contar na escassez de chips no mundo todo em razão da pandemia e crise global, que acabam encarecendo os computadores. O compartilhamento de dados pessoais com a Microsoft também vem acendendo o alerta da falta de privacidade no novo sistema operacional, ressaltando que não existe uma maneira de desativá-lo. Esse acesso livre faz com que o usuário receba notificações constantes para experimentar o Microsoft Edge, caso ele opte por usar um navegador rival, o que causa irritação no usuário. Mas vale lembrar que, um ponto positivo para os colaboradores em home office, o novo sistema traz a vantagem de opção de novos dispositivos de segurança que se utilizam de funções de criptografia. O Windows 11 também permite implantar, proteger e gerenciar computadores remotos através da nuvem de acordo com as políticas da empresa.
Para aqueles que ainda não se decidiram, é importante lembrar que o upgrade não é obrigatório. O Windows 10 continuará funcionando normalmente, inclusive com direito a novas atualizações. A grande questão é que o foco da Microsoft não será mais a versão antiga, o que pode resultar em updates mais enxutos e sem expressividade. Oficialmente, o suporte ao Windows 10 está garantido até outubro de 2025, data que marca o 10o aniversário de disponibilidade da plataforma. Segundo a Microsoft, após a atualização para o Windows 11, os usuários têm um período de 10 dias para retornar ao Windows 10 enquanto mantêm os arquivos e dados do dispositivo. Após os 10 dias, porém, será preciso fazer uma instalação completa.
Assim como o Windows 10, a nova edição do sistema operacional tem uma ótima base para crescimento e chega com recursos que podem definir uma nova era para a plataforma da Microsoft. Mas só o tempo dirá se todo esse potencial será alcançado pelo Windows 11 ou se teremos, no final das contas, apenas uma extensão do que já usamos durante a última década.
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