WEB3 – tudo que você precisa saber para a próxima revolução da internet
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qui no nosso Blog, já falamos sobre criptomoedas, NFT`s e Blockchain, como um novo formato de criar produtos, moedas, criptografados e seguros. E estas novidades estão revolucionando também a internet, no formato que nós a conhecemos hoje. Consegue imaginar como seria? Pois já é realidade.
Eis que surge agora a web3, ou seja, a terceira versão da web, que assim como as duas primeiras prometiam, já está revolucionando a nossa forma de ver e usar a internet. Se na Web 1.0 a premissa era o compartilhamento de informações e na Web 2.0 foi a importância do conteúdo gerado pelo usuário, a Web3 irá descentralizar, tecnologia permitida pela blockchain e, ainda, fortalecer ainda mais o conteúdo desenvolvido pelos usuários.
Em nosso mundo mega conectado, dominado por conexões dentro da World Wide Web, não conseguimos ainda mensurar quais serão as novidades para a web3, no entanto, desde a massificação da Web nos levou cada vez mais para a dependência da tecnologia, e diante de tantas mudanças que vêm surgindo, deve mudar para se tornar muito mais inteligente. Especialistas argumentam que ela deva evoluir até se converter em uma “web semântica” que, além de ser mais eficiente, nos ofereça mais controle sobre nossos dados.
Mas é importante traçar uma linha do tempo, brevemente, para entender o que a web3 pode trazer de novo, que as duas anteriores não conseguiram.
Web 1.0: o início
A primeira foi a internet mais simples de todas, a Web 1.0, criada por Tim Berners-Lee, em 1989, e desenvolvida ao longo de mais de uma década. Nessa versão, a internet servia para compartilhar informações técnicas online e conectá-las por meio de hiperlinks — o que persiste, por exemplo, para sites de notícias que trazem links em reportagens para outros conteúdos relacionados. Nessa época, a internet ainda era exclusividade de poucas pessoas, a conexão era lenta, em muitos lugares nem havia computadores ainda, e os computadores tinham desempenho limitado em relação ao que temos hoje. As grandes empresas que surgiram nessa época foram o Google e o Yahoo, que tinham a missão de organizar todo o conteúdo que estava disponível na internet.
Web 2.0: o usuário em foco
A Web 2.0 foi marcada pelo desenvolvimento de plataformas digitais que permitiam o conteúdo gerado por usuários. O exemplo mais claro desse movimento foi a criação das redes sociais, como Orkut, Twitter e Facebook, e do YouTube, que permitiu a publicação de vídeos por qualquer pessoa. Ou seja, esta nova fase deu voz a bilhões de pessoas através de suas plataformas. Foi nessa era da web que vimos a ascensão da maioria dos serviços digitais que temos hoje, do Spotify ao Uber.
Apesar de a natureza da publicação de conteúdos permanecer descentralizada, onde sites podem criar várias páginas independentes de conteúdo, a Web 2.0 levou os serviços digitais a servidores de grandes empresas, como Amazon, Microsoft, Google e IBM. Neste mesmo período, houve a criação de empresas de tecnologia gigantescas, com algoritmos sofisticados de recomendação de conteúdo e inibição de competição de rivais, como é o caso do Facebook (Meta) e do Google (Alphabet) — duas big techs que simbolizam bem as possibilidades oferecidas pela web 2.0.
Diante deste cenário, o que a web3 pode trazer de novo? A proposta da web3 é unir o melhor dos dois mundos online anteriores: a descentralização e os conteúdos gerados por usuários, e ainda adicionar a tudo isso o registro distribuído, em blockchain o armazenamento de informações, sejam elas financeiras ou de outra natureza. As transações irão ser processadas por computadores do mundo todo, e não de um só computador, numa empresa. Feito por blockchain, não é necessário que haja um órgão regulador. Além de resolver problemas que são tema de debate público no Brasil e no mundo, como a questão do vício gerado por algoritmos de recomendação de conteúdo de redes sociais e a moderação de posts em plataformas digitais, a web3 também se propõe a resolver a questão dos direitos de propriedade na internet.
Neste novo capítulo da internet, não mais precisaremos de sistemas operacionais complexos ou grandes “hard disks” para armazenar informações, porque tudo estará na chamada “nuvem”, onde será muito mais rápido e personalizado.
De forma mais simples, o que podemos dizer é que a web3 vem para descentralizar a internet, criando uma rede mais equitativa, reduzindo o poder dos gigantes da internet. Tudo isto está sendo desenvolvido há anos, pelo britânico Gavin Wood, cofundador da criptomoeda ethereum, ao lado russo-canadense Vitalik Buterin; Wood é o “pai do ethereum”, o segundo protocolo de blockchain mais usado no mundo. Essa tecnologia é a base da Web3. Para ele, é necessário remodelar a internet e criar uma nova arquitetura com um protocolo específico para que os serviços sejam descentralizados. Uma parte chave da estrutura da Web3 é a tecnologia blockchain, que permite criar “blocos” e formar cadeias de dados.
O Web3 vai além da Internet, é o novo paradigma de tecnologias conectadas, como o Big Data e a Inteligência Artificial, que já funcionam em uma camada descentralizada. Vai da tecnologia para a estrutura da sociedade, moldando-a e melhorando-a, tanto que para Woods, a web3 é um movimento sociopolítico, já que ditará aos governos novas formas de resolver suas questões, tendo em vista que não terão mais como resolver todos os problemas simplesmente proibindo; esses precisarão se aprofundar na raiz de cada problema.
A previsão dos envolvidos na Web3 é que essas mudanças deem aos usuários mais poder sobre a informação a que têm acesso e os dados que compartilham, criando uma internet mais livre e igualitária.
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