E
m outubro de 2025, uma das maiores provedoras de infraestrutura digital do mundo, a Amazon Web Services (AWS), enfrentou um apagão global que derrubou sites, aplicativos e sistemas de diversas empresas, de gigantes da tecnologia a pequenos negócios que dependem da nuvem para operar.
Embora a falha tenha durado apenas algumas horas, ela acendeu um alerta: o quanto a sua empresa depende da tecnologia para funcionar, e o quanto ela está preparada quando algo falha?
Para pequenas e médias empresas (PMEs), essa reflexão é ainda mais importante. Em um cenário em que cada minuto de indisponibilidade pode significar perda de vendas, clientes e credibilidade, planejar a continuidade do negócio deixou de ser um luxo e se tornou uma necessidade.
O que realmente aconteceu no apagão da Amazon:
De acordo com relatórios técnicos, a falha teve origem em um problema no sistema de DNS (Domain Name System), uma espécie de catálogo da internet.
O DNS é o que permite que, ao digitar www.seusite.com, o navegador encontre o endereço correto do servidor onde as informações estão armazenadas.
Em outras palavras: ele é o “tradutor” da internet.
Quando o DNS apresenta falhas, os sistemas simplesmente não conseguem localizar os serviços, mesmo que eles estejam funcionando normalmente.
O problema começou em um dos principais data centers da AWS, localizado na região dos EUA, e rapidamente gerou falhas em cascata em plataformas e aplicativos que dependem desse ambiente, entre eles, sistemas de vendas, aplicativos financeiros, plataformas de e-commerce e até ferramentas de comunicação.
Esse tipo de interrupção mostra que, mesmo quando a responsabilidade técnica não é da sua empresa, o impacto pode ser direto no seu negócio.
Por que esse tipo de falha afeta diretamente as PMEs:
Empresas menores geralmente acreditam que, ao contratar ferramentas em nuvem, “já estão protegidas”, mas isso é apenas parcialmente verdade.
O provedor da nuvem (como AWS, Google Cloud ou Microsoft Azure) é responsável pela disponibilidade da infraestrutura, mas a responsabilidade pela continuidade da operação é da sua empresa.
E é justamente aí que muitas PMEs se tornam vulneráveis.
Com equipes de TI reduzidas (ou inexistentes), a rotina costuma ser reativa: resolver quando algo quebra, e não planejar antes que o problema ocorra.
Em um cenário de falha em larga escala, essa falta de planejamento pode gerar consequências reais:
- Paralisação das vendas e do atendimento. Se o site, e-commerce ou sistema de CRM ficar fora do ar, os clientes não conseguem comprar ou solicitar suporte.
- Perda de produtividade interna. Colaboradores ficam sem acesso a arquivos, e-mails e ferramentas essenciais.
- Prejuízo de imagem. A percepção de “empresa desorganizada” pode custar caro em um mercado cada vez mais competitivo.
- Falta de respostas rápidas. Sem um plano de contingência, a comunicação com o cliente se torna confusa e a confiança se abala.
Esses impactos não acontecem apenas com grandes corporações. Eles atingem escritórios de advocacia, contabilidades, consultorias, empresas financeiras e de serviços.
Lições práticas que sua empresa pode adotar hoje:
A boa notícia é que não é preciso ser uma empresa de tecnologia para se preparar.
Com algumas ações simples e de baixo custo, sua PME pode garantir mais segurança e previsibilidade.
Mapeie o que é essencial
Esse é o primeiro passo, e o mais negligenciado.
Antes de pensar em planos de contingência, é fundamental saber de quais sistemas e dados o seu negócio realmente depende.
Faça um levantamento básico com as áreas da empresa e responda:
- Quais ferramentas usamos todos os dias? (Ex: Microsoft 365, sistema contábil, software jurídico, CRM, e-mail corporativo)
- O que aconteceria se esse sistema parasse hoje? (Paralisação total? Apenas lentidão?)
- Quem é o responsável pelo acesso e administração de cada serviço?
- Temos cópias de segurança desses dados?
Essas respostas ajudam a classificar o que é crítico, importante e secundário.
Com isso, você passa a ter uma visão clara de onde investir tempo e recursos, evitando desperdiçar energia com áreas que não afetam diretamente o funcionamento da empresa.
Por exemplo:
- Em um escritório de contabilidade, o sistema de folha de pagamento e emissão de notas é crítico.
- Em uma consultoria, o e-mail corporativo e o armazenamento de documentos são prioritários.
- Já em uma agência de marketing, a pasta de projetos e o acesso às redes sociais são vitais.
Esse mapeamento simples, mas estratégico, pode reduzir drasticamente o tempo de reação em caso de falha e é a base de qualquer plano de continuidade.
Tenha alternativas simples de acesso e comunicação
Você não precisa ter duas nuvens ou servidores redundantes.
Mas pode adotar soluções práticas, como:
- Planilhas de emergência com informações essenciais (clientes, pedidos, prazos).
- Canal alternativo de comunicação com o cliente (WhatsApp, Telegram ou telefone).
Página temporária que avisa sobre instabilidade e mantém contato com visitantes.
Essas ações reduzem o impacto da indisponibilidade e mantêm o relacionamento com o cliente.
Tenha backup, e verifique se ele realmente funciona
Muitas empresas acreditam estar seguras porque “têm backup”, mas na prática, nunca testaram se conseguem restaurar os dados.
Ter uma cópia guardada não é sinônimo de proteção, é o teste de restauração que confirma se você realmente está seguro.
Aqui vão boas práticas para PMEs:
- Tenha pelo menos duas cópias dos dados: uma local (em um HD, NAS ou servidor interno) e outra em nuvem (de preferência em provedores diferentes).
- Programe backups automáticos. Depender de lembrança humana é arriscado, configure rotinas automáticas diárias ou semanais.
- Teste regularmente. Escolha um arquivo importante (contrato, planilha ou pasta) e tente restaurá-lo. Se não funcionar, o backup não está cumprindo seu papel.
- Registre cada teste. Mantenha um histórico de quando o backup foi verificado e por quem. Isso ajuda na auditoria e no aprendizado.
- Revise as permissões de acesso. Somente pessoas autorizadas devem poder apagar ou modificar backups, isso evita exclusões acidentais ou mal-intencionadas.
Backup não é apenas uma questão técnica. É uma garantia de continuidade do negócio.
Sem ele, uma simples exclusão ou falha pode comprometer meses de trabalho, gerar multas (por descumprimento da LGPD) e afetar a confiança dos seus clientes.
Defina um plano de resposta
Um plano básico de resposta pode ser feito em poucas horas, com três perguntas simples:
- Quem será acionado em caso de falha?
- Como será feita a comunicação com clientes e equipe?
- Quais dados precisam ser restaurados primeiro?
Responder a essas perguntas já é um começo para reduzir o tempo de parada e o impacto no negócio.
Conclusão
O apagão da AWS mostrou que nem mesmo as maiores empresas do mundo estão imunes a falhas.
Mas, ao contrário das gigantes, as PMEs não têm margem de erro.
A interrupção de um sistema pode significar um cliente perdido, um contrato cancelado ou uma perda de faturamento que compromete todo o mês.
E isso não se resolve com mais tecnologia, e sim com gestão inteligente da tecnologia.
Saber o que é essencial, ter cópias seguras e um plano claro de ação são os passos que separam quem sofre com o problema de quem o supera rapidamente.
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