C
om a Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD) em vigor no Brasil, diversas empresas de Tecnologia tiveram suas demandas aumentadas devido à procura por soluções que garantem a proteção dos dados das suas empresas e de seus clientes.
Mas, assim como qualquer negócio que faz uso de dados, pode ser alvo de vazamento de informações ou ataques de hackers. Foi o que aconteceu com o Grupo B2W, que engloba Americanas S/A, Shoptime, SouBarato e Submarino, que tiveram seus sites fora do ar desde o último dia 20 de fevereiro, e até hoje, não retornaram ao ar, totalmente, continuando com instabilidade.
Tudo isto aconteceu, de acordo com o Grupo, por uma decisão voluntária dos mesmos, após sofrerem um incidente de segurança. Ao certo, não se sabe exatamente o que ocorreu, e o mesmo ainda reforçou que não havia evidências de comprometimento de suas bases de dados.
Ocorre que, desde o último dia 20/02, a empresa teve um prejuízo de R$ 3,4 bilhões de suas ações na bolsa, e o valor tende a aumentar, já que, não somente o que se deixou de vender, mas também as compras canceladas, e atrasos, e possíveis ações judiciais que podem vir a ocorrer.
Não se sabe ao certo o que ocorreu, e em qual parte do processo de proteção dos dados da empresa, houve uma falha na segurança. Mas é certo que o nível de alerta das empresas varejistas, bem como todas as outras de mercado, está em nível mais alto.
Entre os dados sensíveis que as empresas armazenam e que estão suscetíveis, ou seja, precisam de proteção contra ataques, estão os de propriedade intelectual, como direitos autorais e segredos comerciais, assim como as informações de identificação pessoal, os dados de colaboradores e os roteiros de produtos, entre outros. São informações que podem prejudicar consideravelmente seu negócio, se cair nas mãos de pessoas mal intencionadas.
O risco com o vazamento de informações é algo que virou rotina nas empresas. Portanto, os Departamentos, bem como as gestões de TI, não devem ficar preocupadas apenas em oferecer proteção a seus clientes, mas também pensar em sua rotina e os desafios que existem em seus sistemas.
O que a invasão nos sistemas da Americanas expõe é a fragilidade de uma empresa em relação à cibersegurança, mesmo sendo uma companhia com valor de mercado bilionário. O mais assombroso disso tudo é que não se tratam de pequenas empresas com problemas de segurança, mas as grandes, o que faz soar o alerta: precisamos fazer mais pela cibersegurança.
O questionamento que fica é: tudo que está sendo feito hoje, tanto para pequenas, médias ou grandes empresas, é o suficiente? Está sendo feito tudo que é possível e recomendado?
Se tiver dúvidas, fale conosco.